A glândula mamária é um órgão par, que se situa na parede anterior do tórax, na parte superior e está apoiada sobre o músculo peitoral maior, se estende da segunda à sexta costela no plano vertical e do esterno à linha axilar anterior no plano horizontal. A mama feminina é composta por lobos (glândulas produ-toras de leite), por ductos (pequenos tubos que transpor-tam o leite dos lobos ao mamilo) e por estroma (tecido adiposo e tecido conjuntivo que envolve os ductos e lobos, vasos sanguíneos e vasos linfáticos).
O câncer de mama é uma disfunção celular que faz deter-minadas células do nosso corpo crescerem e se multipli-carem desordenadamente, formando um tumor. As células mais afetadas são as que revestem os ductos mamários ou se encontram nos lóbulos das glândulas mamárias.
Os tumores são chamados de carcinomas ductais ou lo-bulares. Existem ainda outros tipos de câncer de mama como os linfomas e os sarcomas, que são mais raros. Os carcinomas não infiltrativos ou in situ (localizados) são tumores primários que não atingem outras regiões do corpo. Já o tumor infiltrativo (invasivo) é capaz de produzir metástases, ou seja, invadir as células sadias que estão a sua volta e se espalhar pelo corpo.
O câncer de mama não tem somente uma causa. A idade é um dos mais importantes fatores de risco para a doença (cerca de quatro em cada cinco casos ocorrem após os 50 anos). Outros fatores que aumentam o risco da doença são:
Fatores ambientais e comportamentais: obesidade e sobrepeso após a menopausa; sedentarismo e inativi-dade física; consumo de bebida alcoólica; exposição frequente a radiações ionizantes (Raios-X).
Fatores da história reprodutiva e hormonal: primeira menstruação antes de 12 anos; não ter tido filhos; primeira gravidez após os 30 anos; parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos; uso de contraceptivos hormonais (estrogênio-progesterona); ter feito reposição hormonal pós-menopausa, principalmente por mais de cinco anos.
Fatores genéticos e hereditários: história familiar de câncer de ovário; casos de câncer de mama na família, principalmente antes dos 50 anos; história familiar de câncer de mama em homens; alteração genética, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2.
A mulher que possui um ou mais desses fatores genéticos/hereditários é considerada com risco elevado para desenvolver câncer de mama. É importante ressaltar que não ter amamentado não é fator de risco para câncer de mama. Amamentar o máximo de tempo possível é um fator de proteção para o câncer. Então, o não aleitamento promove a perda de um fator de proteção, o que é diferente de significar fator de risco.
Cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis e cerca de 95% têm chances de cura se dos casos diagnosticados precocemente. Pratique atividade física, alimente-se de forma saudável, mantenha o peso corporal adequado, evite o consumo de bebidas alcoólicas, amamente, evite uso de hormônios sintéticos, como anticoncepcionais e terapias de reposição hormonal.
O tumor geralmente não causa dor. Porém, à medida que cresce, pode ser percebido algumas alterações e essas apresentam os seguintes sintomas:
As informações contidas nesta página não têm como objetivo ser um conselho médico ou um substituto ao tratamento julgado adequado por seu médico. Também não significam aceitação ou endosso a qualquer produto ou serviço. O centro de combate ao câncer orienta que todas as decisões de tratamento sejam tomadas pelo paciente e por seus médicos.